Categoria

Arquitectura, Projecto

Material

Tijolo Face à Vista Vermelho Vulcânico

Ano

2019

Arquitecto

Saavedra Arquitectura

Projecto

Centro de estudos em Guimarães⁠

Fotografia

João Morgado

Espaço do arquiteto com Saavedra Arquitectura

Fundada em 1989 pela Arqº Isabel Saavedra, SAAVEDRA ARQUITECTURA é uma empresa vocacionada para a elaboração de projetos de arquitetura, estratégia e planeamento urbanístico, recuperação/restauro, design e apoio à imobiliária. Tentamos sempre explorar e interpretar os desafios da sociedade contemporânea com soluções inovadoras, e acreditamos no trabalho de equipe, pluridisciplinares, com o envolvimento pleno do cliente no desenvolvimento do processo. Acreditamos que a sustentabilidade é possível, não só através de medidas tecnológicas de redução de consumo, mas principalmente na planificação e no desenho arquitetónico.

Quais foram os maiores desafios na conceção do projeto?

As grandes premissas do cliente foram um edifício arquitetonicamente apelativo, com um orçamento controlado e pouca manutenção futura no edifício. Expectativas cumpridas e superadas.

Como se enquadra a habitação no meio envolvente?

Por ser um edifício de pequena escala, e com uma forma monolítica, o uso do tijolo face a vista permitiu-nos criar um edifício interessante e dinâmico. A variedade de soluções para o assentamento do tijolo, criou padrões e sobreposições, dando ao edifício uma identidade formal própria.

Qual é o enquadramento do Tijolo Face à Vista no projeto?

O uso do tijolo face a vista tem várias vantagens. É um material intemporal, de relativa baixa manutenção, obedece aos padrões atuais de sustentabilidade, permitindo ao mesmo tempo um uso conceptual bastante abrangente.

Qual é o conceito do projeto?

Tendo em consideração as especificidades deste projeto, consideramos que o tijolo face a vista foi preponderante para criarmos um edifício que, por um lado se integra com os edifícios envolventes, e por outro, reclama uma identidade própria numa zona de edifícios também revestidos a tijolo. Formalmente, o edifício desenvolve-se na sua relação com os dois espaços exteriores criados. A Noroeste mais encerrado sobre si mesmo, enfatizando o vazio que marca a entrada principal. A Sudeste abrindo-se completamente, aproveitando a boa exposição solar e explorando a relação interior/exterior. De modo a quebrar o rigor formal do volume, optamos por um tratamento mais conceptual do uso do tijolo da face a vista. A fachada desenvolve-se através de dois padrões distintos. O primeiro, como forma de demarcar as aberturas, explorando a sensação de cheio e vazio, numa combinação de dois tijolos assentes com junta intermédia, criando entre eles um vazio de separação. O segundo, um padrão assente no dinamismo criado por tijolos salientes, que procuram explorar um movimento contínuo de interligação das três fachadas.

Porque a escolha da cor Vermelho Vulcânico?

Escolhemos o Vermelho Vulcânico por se adaptar bem ao meio envolvente, e porque a sua tonalidade resultaria no desenho conceptual da fachada. Não é demasiado escuro ou claro, enfatizando o padrão da fachada através das sombras criadas na textura do tijolo.

Fotografias © João Morgado