Categoria

Arquitectura, Projecto

Material

Tijolo Face à Vista Reno

Ano

2021

Arquitecto

Arq. Tiago Sousa

Projecto

Moradia em Romarigães

Fotografia

Ivo Tavares

Arq. Tiago Sousa

Tiago Sousa (n.1987, Paredes de Coura), é arquiteto pela Universidade Lusíada do Porto, Universitá degli Studi di Roma La Sapienza - Prima Facultà di architettura Ludovico Quaroni e Facultà di Architettura Valle Giulia – desde 2012. Participou em Concursos e Projetos Internacionais em ateliers sediados no Porto e Roma, e iniciou o seu atelier em 2016. Tem uma prática dedicada à arquitetura e urbanismo onde tem projetos singulares de diferentes temas e escalas, como: -Mercado Municipal de Caminha (coautor), -Centro de Investigação de Castanheira, 1º Lugar em Concurso Academia Radio Televisão Portuguesa – RTP; 2º Lugar no Concurso Internacional “CONCURSO DE IDEAS DUNHA PONTE PARA PEÓNS E BICICLETAS SOBRE O RÍO MIÑO” (coautor); -Centro de Interpretação da Aldeia de S. Martinho de Coura, Mercado de Paredes de Coura (coautor); -Mercado de Paredes de Coura; -Habitação coletiva de custos controlados; -Moradias Privadas, entre outros. Defende o lugar, a tradição e o existente, mas projeta para o futuro. Procura uma relação entre a memoria e a contemporaneidade.

O projeto

“Um projeto de reabilitação é sempre um jogo de conflito entre a memória das experiências com a contemporaneidade do uso ou intenção. É neste jogo entre passado e presente, de memoria e atualidade que o projeto se desenvolve, de forma rígida, estereotómica e aspeto rude. O volume existente apresenta uma geometria particular, uma geometria que se destaca e afasta da típica casa minhota. É notoriamente uma moradia que brinda e valoriza o largo em que se implanta. Nesta admirável existência, projetamos um novo volume, contemporâneo, onde se pretende uma evidente intenção de provocar ao observador uma dualidade contraditória de sentimentos. É um claro jogo de equilíbrio e tensão entre a forma existente e a forma proposta.”

Quais os desafios da aplicação do tijolo face à vista?

O tijolo face à vista torna-se sempre um desafio no momento em que permite inúmeras formas de aplicação e daí uma variedade incrível de resultados, formas, cores, e sombras. É uma solução extremamente criativa e que nos permite, quanto criadores, de obter resultados distintos tanto a nível formal como construtivamente. A sua aplicação pode criar ritmos, ou padrões, o que nos condiciona ou facilita na materialização do objecto. Na Questão construtiva, também se torna um desafio, na medida em que a sua aplicação facilita pode surgir como elemento estrutural ou como revestimento. Permite-nos que o próprio elemento de suporte seja o acabamento final. É um material incrivelmente adepto da criatividade.

A escolher da cor Reno, foi influenciada por que razões?

O tijolo face à vista cor Reno, deve-se pela sua irregularidade na forma e pela variação de cor.

Que considerações acha importantes transmitir, no incentivo da utilização do tijolo face à vista por parte de outros colegas arquitetos?

Esta questão é muito pessoal. Eu vejo o tijolo como um material que merece destaque. Ou pela beleza, ou pela permeabilidade na sua utilização, ou pela facilidade de aplicação, pela sua materialização, é um material que não considero, nem desejo, de utilização comum. É simplesmente belo!