Categoria

Arquitetura e Projecto de Ampliação

Material

TFV Vermelho, Cinza Douro, Bege Mourisca, Branco Algarve, Castanho Mondego

Ano

2015

Arquitecto

NOS Arquitetos

Projecto

Centro Escolar da Murteira

Fotografia

Fernando Guerra

Espaço do arquiteto com o atelier NOZ Arquitetura

Acreditamos que a arquitetura tem influência da qualidade de vida de seus utilizadores. Cada projeto é um novo desafio e representa uma oportunidade para desenvolver soluções que integrem de forma inteligente e harmoniosa o contexto e cultura do local, a otimização da funcionalidade e dos recursos, naturais, materiais e financeiros. A dedicação a todos os detalhes, procurando na Arquitetura a simbiose entre Arte e Técnica, permitem elevar, a todos os níveis, a qualidade da obra. A NOZ desenvolve um vasto portfólio em Portugal nas áreas de habitação, desporto, educação, comércio, indústria, escritórios, turismo e paisagismo, contribuindo para a concretização da visão das entidades particulares, empresariais e do sector público. Apostamos na multi-disciplinaridade procurando o envolvimento profissional de técnicos especializados que contribuem para a valorização da arquitetura, e a utilização de novas tecnologias e metodologias englobando a organização e comunicação do projeto até à fase execução em obra. Internacionalmente, em particular no Reino Unido, a NOZ promove parcerias que possibilitam uma constante troca de conhecimentos, informação e inovação participando ativamente na conceção e construção de equipamentos culturais, desportivos e empreendimentos imobiliários de grande escala. A paixão pelo que fazemos, reflete-se na Arquitectura da NOZ.

Apresentação da arquiteta Inês Sousa

Inês viveu e estudou durante 7 anos em Macau, China. Depois de completar a licenciatura na Faculdade de Arquitectura da Universidade Técnica de Lisboa, mudou-se para Londres onde viveu e colaborou vários anos como coordenadora de projectos nos Ushida Findlay Architects, Hopkins Architects e Gustafson Porter Landscape Architects. Em 2006, de volta a Lisboa, Inês co-fundou a NOZ Arquitectura. Acredita que os melhores resultados são alcançados trabalhando com paixão, usando as ferramentas de experiência, conhecimento e sensibilidade.

Apresentação do arquiteto Rui Dias

Rui colaborou com Ian Ritchie no Reino Unido e Kas Oosterhuis na Holanda. Contribuiu para a entrega de projetos seminais em vários setores, incluindo empreendimentos residenciais de larga escala e equipamentos culturais. Rui atuou como Coordenador de Projecto no projeto The Courtyard Theatre, construído em Stratford-Upon-Avon para The Royal Shakespeare Company. Rui também coordenou a exposição do arquiteto Ian Ritchie para a Bienal de arquitetura de Veneza de 2004 e liderou o Dylon Site Re-Development, em Londres. Em 2006, o Rui co-fundou a NOZ Arquitectura em Lisboa.

Quais foram os maiores desafios na conceção do projeto?

O projecto consistia na renovação e ampliação substancial da Escola da Murteira. A área da escola é relativamente limitada e inserida num conjunto urbano caracterizado por habitações uni-familiares. O grande desafio inicial foi desde logo encontrar uma solução para conseguir implantar a totalidade do programa, minimizando o impacto no espaço de recreio disponível, e mantendo o edifício da escola existente, com uma linguagem claramente moderna e evidentemente dentro dos recursos financeiros disponíveis.

Como classifica a utilização do tijolo face à vista na arquitetura nacional?

Parece-nos que o tijolo face-à-vista surge no panorama da arquitectura nacional, com um carácter ainda excecional e não como uma tecnologia de construção, e expressão arquitectónica, relativamente comum. É pena que assim seja pois é um material com excelentes caracteristícas, ao nível da durabilidade, custo e facilidade de aplicação, e que permite ainda uma plasticidade e expressão arquitectónica, ao nível da materialidade, da cor e da textura que não são facilmente obtidas com a aplicação de outros materiais.

Porquê a escolha do tijolo face à vista?

O tijolo face-à-vista da Vale Gandara para nós reune um conjunto de caracteristicas que eram fundamentais para este projecto, e que se ecnotram referidas nas respostas anteriores. O custo e durabilidade, que para o dono-de-obra surgem como fatores prioritários, e as possibilidades de expressão arquitectónica que o tijolo permite.

Porquê da escolha das diferentes cores envolvidas no projeto?

A ampliação da escola da Murteira será provavelmente o edifício mais alto da localidade da Murteira. Adicionalmente, está inserido no espaço de recreio de dimensões limitadas, pelo que a interação dos utilizadores será sempre muito próxima. Ao utilizarmos uma variedade de cores conseguimos quebrar a escala do novo edifício para que este não se imponha num espaço tão limitado. E não se optou apenas pela variação da cor, mas também pela variação da dimensão das peças, enriquecendo a textura proporcionada pela aplicação do tijolo. Em simultâneo, a utilização da cor, contribui para uma linguagem arquitectónica vincadamente moderna, e diferenciadora, sem que choque com o local onde se insere. Paralelamente, para alguns, transmite a ideia de livros numa estante o que se adequa perfeitamente à utilização que tem.